segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A civilização Romana - parte 2 - A organização de Roma.

A organização social

A sociedade romana dividia-se basicamente em dois grupos:
  • Patrícios (de patres, pais, chefes de família): formavam a aristocracia de Roma. Eles pertenciam a famílias que se consideravam descendentes de um antepassado comum. Eram os mais ricos, possuíam mais gado e terras. Por muito tempo, apenas os patrícios puderam lutar no exército.
  • Plebeus (de plebs, multidão) eram os mais pobres, viviam como agricultores ou artesão e geralmente trabalhavam para os patrícios. Não tinham participação no governo da cidade. Mesmo quando enriqueciam não podiam participar intensamente da vida política de Roma.
Também havia os clientes, um grupo intermediário entre os patrícios e os plebeus. Em geral, esse grupo era constituído de pessoas pobres, escravos libertos, estrangeiros ou filhos ilegítimos que dependia da proteção de um patrício para sobreviver.
Os clientes fazia parte da família do patrício protetor, mas não tinham direitos. O cliente recebia do patrício terras, gado e proteção. Em troca, deveria ajudar seu patrão em caso de guerra ou até auxiliá-lo economicamente. Para o patrício, quanto maior o numero de clientes sob sua proteção, maior era seu prestígio social e político
Nessa época já existiam escravos, mas ainda eram poucos, se comparado ao tempo posterior da república e do império.

A organização política

A primeira fase da história romana iniciou-se em 753 a.C., a data da fundação da cidade. Nessa fase,  Roma teve uma forma de governo monárquica. Os últimos reis foram etruscos.
Durante a monarquia, o rei era eleito pelo senado, um conselho formado pelos chefes das famílias patrícias de Roma. Cabia depois aos comícios curiais aceitar ou não o rei eleito pelos patrícios no senado.
A Comitia Curiata, como se chamavam, eram assembléias compostas de guerreiros com até 45 anos.
Os reis podiam declarar guerras, administrar a justiça e presidir os principais rituais religiosos. Mas os reis não tinham poderes ilimitados. O rei devia ouvir a opinião do senado em todas as questões relativas à cidade e também dependia das assembléias para garantir seu poder.

O fim da dominação etrusca

No final do século VI, os reis etruscos enfrentaram vários problemas. Ao se dirigirem para o sul da Península Itálica, encontraram um conflito com os cartagineses. Ao norte, próximo à região dos Alpes, enfrentaram os gauleses. 
Durante o domínio etrusco, a aristocracia romana se fortaleceu, enquanto a situação dos plebeus ficou mais díficil. Contantemente endividados com os patrícios, muitos plebeus eram transformados em escravos.
A crescente presença da população plebéia de Roma no exército fez com que os soldados exigissem maior participação política.
A assembléia do povo em armas, os chamados "comícios por centúrias", tornou-se mais importante, deixando de lado pelos comícios curiais.
Enfraquecidos com as guerras e enfrentando oposição dos patrícios em Roma, os etruscos acabaram expulsos em 509 a.C. O fato marcou o início da república, um novo momento da história na cidade.

Veja também a continuação

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor, antes de comentar siga nosso blog!
Somente usuários cadastrados terão pergunta respondidas pelo autor.