terça-feira, 24 de setembro de 2013

A civilização Grega - parte 5 - A implantação da democracia na Grécia Antiga

A colonização de novas terras possibilitou que o comércio entre as cidades crescesse e a riqueza fosse distribuída para indivíduos fora das elites. Tanto que, no início do século VII a.C., os camponeses, artesãos e comerciantes passaram a exigir maior participação na vida política das cidades.
A grave crise social gerada pela escassez de terras fez com que alguns aristocratas vissem a necessidade de implementar reformas. Sólon foi um desses aristocratas.
No final do século VI a.C., Sólon elaborou um código de leis que proibia a escravidão por dívidas, que afetava muitos camponeses pobres. Ele também estabeleceu que indivíduos mais pobres podiam votar na assembléia popular - a ekklésia -, que escolhia os magistrados. Foi criado ainda a boulé, conselho composto de 500 membros escolhidos pela ekklésia. Esse conselho elaborava leis a serem votadas pela assembléia popular.
Antes mesmo de terminar o século VI novas reformas ocorreram. A ekklésia e a boulé foram fortalecidas com a implementação de um sorteio para o preenchimento das magistraturas. Desse modo, qualque indivíduo, rico ou pobre, podia ser magistrado. Daí o nome desse tipo de governo: democracia (demos, o povo; kratos, poder, ou seja, poder ou governo do povo).

O século de Péricles

Acrópole de Atenas, na Grécia. A acrópole era a parte mais elevada da cidade,
que servia de fortaleza e onde se construíam os templos. 
O regime democrático em Atenas atingiu seu auge sob a liderança do aristocrata Péricles, por volta do ano 440 a.C. Ele insistiu um pagamento para aqueles que exercessem funções pública. Assim, as pessoas mais pobres podiam servi à pólis e receber uma quantia em dinheiro por esse trabalho. Péricles ainda incentivava a atividade econômica e cultural na cidade e ordenou a reconstrução de acrópole, destruída pelos persas (veja a foto). O período em que Péricles comandou Atenas ficou conhecido como "O século de Péricles".

A sociedade ateniense

Em Atenas somente pequena parcela do povo tinha direito de participar da vida política. Isso acontecia porque apenas os homens adultos, filhos de pais atenienses, eram cidadãos e, portanto, podiam votar nas assembléias e ser magistrados.
Os cidadãos mais ricos eram em geral grandes proprietários de terras. Eles viviam nas cidades, onde se dedicavam à política, à filosofia e praticavam exercícios físicos. Os cidadãos menos ricos podiam ser donos de uma pequena oficina, onde trabalhavam com a ajuda de uns poucos escravos e de sua família. Podiam ainda ser donos de pequenos lotes agrícolas. Havia também cidadãos pobres, que trabalhavam em troca de salário.
Em Atenas, estrangeiros, mulheres e escravos não eram considerados cidadãos.

Os estrangeiros

Os estrangeiros, conhecidos como metecos, não podiam possuir terras no território da cidade e pagavam um imposto pessoal. Muitos deles trabalhavam no comércio, no artesanato e praticavam o empréstimo de dinheiro a juros. Havia metecos donos de grandes fortunas e outros que trabalhavam em troca de salário.

Mulheres e escravos

A vida dos escravos e das mulheres variava de acordo com a casa em que viviam. As mulheres pobres tinham que preparar os alimentos e cuidar dos filhos, atividades que as mais ricas podiam deixar a cargo de escravos ou escravas.
Os escravos eram em geral prisioneiros de guerra ou filhos de escravos. Eles trabalhavam em campos, em minas e na produção artesanal. A maioria deles vivia nas cidades.

Veja também a continuação desta matéria:

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